14/07/10

O Nacional Socialismo verdadeiro

O caso galego como exemplo dos erros actuais


Um Artigo dos anos 80


Para poder ilustrar o tema dos erros do movimento NS mundial respeito ao tema étnico creio que é suficiente ver o exemplo do estado espanhol. Se umha ideologia devesse ser federalista a nível europeio , libertadora e descentralizadora essa deve ser o nacional-socialismo. Mais a realidade é que quase no estado espanhol tudos os grupos NS som centralistas espanholistas.




Há duas raçons: umha, a influência fascista, mussoliniana e em especial falangista, com a sua concepçom estatalista dos povos. E a outra, o medo, autêntico terror, à descentralizaçom e libertade das naçons , à participaçom e ao diálogo dos ridículos miniführers dos grupos "NS".

Deixando de lado o tema dos fascismos, nos grupos nacional-socialistas o centralismo deve-se basicamente ao medo a descentralizar (a mesma causa pola que governo de Madrid se oporá sempre à federaçom ibérica). As estruturas criam-se de forma que ninguém poda dizer nada, as bases nom contam, os mandos étnicos som só peons do centro. E no centro a estupidez total, repleta de swasticas e de frases grandilocuentes, valeira de neuronas, volcados às neuras.

Umha estrutura federal do movimento NS deve basear-se na participaçom dos colectivos NS de cada etnia na direcçom geral. O movimento NS deve abrir-se à participaçom, que leva à confiança mútua (nem rebeldes fartos de nom ser escutados, nem neuras com ordes descabeladas).

E como exemplo no estado espanhol destes desastres nacional-socialistas creio que a melhor voz é a do amigo e camarada galego, galeguista, conhecido por Xose Carlos Rios.


Rios nom só luitou totalmente polo verdadeiro NS, nom só conseguiu que na Galiza os NS sejam um dos que mais luitam pola sua cultura e etnia (sem mentir, sem fingir, sem utilizâ-la como mentira táctica!!!), se nom que soupo topar esse catalisador do celtismo galaico, que tam bons frutos poderia ter dado. Ademais ele viveu pessoalmente a impossibilidade de trabalhar nessa linha federal e libertadora dentro de grupos nacional-socialistas obsessos polo medo e o centralismo, a base de mandos e ordens aleijadas da realidade. A visom galeguista de Rios é umha liçom para todos.


APROXIMAÇOM À LUITA NS NA GALIZA


Dizia Otero Pedrayo, um dos mais grandes galeguistas, mui próximo ao nosso conceito ideal de Estado e, polo tanto, nom marxista no modo de entender o galeguismo (1), que os galegos somos a comunidade histórica do 'etc', é dizer, a luita das nacionalidades concerta-se no País Basco, em Catalunha, etc... nós somos o 'etc'. E de isso, em parte, o resto do estado espanhol nom têm culpa, mais só em parte.

A primeira imagem que justifica este ilhamento com respeito á luita nacionalista de hoje em dia é o voto galego a umha organizaçom espanholista como é AP. Mais vaiamos por partes a este primeiro ponto:

1- AP na Galiza nom se apresenta como espanholista, se nom como organizaçom conservadora com tintes galeguistas, mui oportunistas em cada situaçom.

2- O que faz votar ao povo galego a AP (ou a outra organizaçom de direitas) é o seu talante conservador, a sua oposiçom de cara ao rechouchio marxista, urbano e 'revolucionário'. O PSOE de vez em quando despista-os, porque esquece o seu cariz marxista, do contrário Galiza nunca votaria ao PSOE, nem sequer nas municipais, onde logra resultados mais positivos (em referência aos núcleos urbanos mais importantes, pois em geral urbe = esquerdas, campo = direita conservadora. E no campo está a verdadeira, e agonizante, Galiza).

Se existi-se umha organizaçom galeguista com respaldo do capital burguês, 'autenticamente' galega como o é o PNV no País Basco ou CiU em Catalunha, nom duvidem que o triunfo seria para essa suposta organizaçom. Coalizom galega tentou isso, mais só está a começar: doze deputados no Parlamento autonômico e um no espanhol. Tampouco está mal, considerando que a burguesia galega (nom o esquecemos, Galiza é essencialmente rural, ainda que se ponham edificaçons de cimento agora no campo ou que os labregos sejam agora assalariados nas urbes) é inexistente ou mui influenciada pola única burguesia da Galiza: a nom galega (castelhana e mui pouca catalã). Só há que olhar a História da Galiza e ver como a revoluçom industrial foi importada para dominar a Galiza rural e marinheira.

Di-se que desde o século XIII Galiza está numha funda crise (exceptuando certo auge económico no século XVII) e é certo: eliminada ou deportada a sua nobreza com a Reconquista, a elite do povo galego perdeu-se (ainda que nom de todo...) em comparaçom com os demais reinos peninsulares. A divisom de Portugal subtraiu-lhe a sua extensom cara o sul até o Douro, e hoje alguns galeguistas seguem a reclamar tam só o Bierço (província de Leom), Sabra (Samora) e umha zona ocidental do que agora é Astúrias.


Hoje, o pessimismo, a aguda crise de identidade, o choque campo-cidade que já matou faz tempo ao primeiro, sacando à Galiza do seu contexto cultural e natural, fam meia na típica personalidade calada e nortenha do povo galego. a História di-nos que Galiza nom foi sempre assi.

Era necessária esta introduçom ao problema da Galiza para compreender onde nos estamos a mover. Ainda que nom como umha justificaçom polos resultados dumhas eleiçons que nom passaram à História (2) salvo pola sua indiferência cara o Sistema.


Sobre galeguismo e NS


Sendo nacional-socialista fum militante dum partido de esquerda nacionalista galego, o ERGA (hoje incluído no Bloco Nacionalista Galego) e ali, queiramo-lo ou nom, foi onde conheci o que eram os intelectuais, o galeguismo, a problemática política e intelectual da Galiza, a sua luita pola independência

Com semelhante tarjeta de apresentaçom, a minha vida política ia ser breve em dita organizaçom, mais suficiente para que durante o resto da minha vida a pegada do nacionalismo galego deixa-se em mim umha perspectiva galeguista de todo o que fazia e pensava, cheguei pois á conclusom de que o galeguismo nom era só umha ideia política, é um modo de ser, de sentir, de pensar.

Conheci a partir de ai aos ideólogos que junto a Hitler me acompanhárom no deambular cara as posturas NS: Bouza Brey, Álvaro das Casas, Vilar Ponte, Antom Losada, a literatura de Curros Enríquez, Rosalía de Castro (a autêntica), Eduardo Pondal, Carvajal, Amado Carvalho, mesmo o galeguismo em língua castelhana como o de Valle-Inclán ou W. Fernández Flórez, o 'Ressurgimento' com Murguía e Beninho Vicetto à cabeça... mais sobre todos eles, três de primeira ordem para mim e para qualquer galeguista que se aprecie: Otero Pedrayo, A. R. Castelao e, o máximo, Vicente Risco.

Foi Vicente Risco quem me deu a conhecer a Spengler, a Tagore, a Hermann Hesse, a Keyserling, mesmo a ouvir o nome de Carl Jung, a conhecer o europeismo, a nom mestiçagem de raças, de etnias, falar de diferenças, de soberania nacional, de solidariedade, de Galiza como missom histórica, dos celtas,suevos, do espiritualismo. Considerei que ser galeguista é o que nos distingue como povo e etnia do resto de Europa. Sem o galeguismo Galiza nom tem raçom de ser.

Estava claro que a pegada do nacional-socialismo galego devia ser galeguista e nacionalista (tal e como nós entendemos este termo).

Nom topei o desejado eco nos movimentos NS(3) sobre este feito (sempre dependendo dumha consciência imposta desde a meseta castelhana): todo o galeguismo (salvo A. Bóveda e o último Castelao) nom é marxista (4), nem muito menos, nalguns casos anti-marxista militante (5), em todo caso, é um problema que nom me importava muito (e creio que nom deve importar). Em ambientes falangistas, em progres "NS" que se consideravam anti-Franco e essas cousas, o galeguismo era para eles (tam progressistas!) ainda algo de esquerdas. Os únicos que falamos galego nas reunions NS n´A Corunha éramos nós os nacional-socialistas. Toda a nossa acçom na rua, cartas na prensa, etc... era feita no nosso idioma natural. Nom chegava-mos ao chauvinismo de esquerdas, mais às vezes superava-mo-lo em acçons sérias de cara ao estudo do problema galego.

Formamos a secçom na Galiza dum grupo NS de cheiro espanholista. A central passava de nós, éramos os que sempre falava-mos da Europa das Etnias. Durante um certo período semelhou que o sonho dourado da apariçom do verdadeiro movimento NS era mais ou menos atendida. Criou-se umha chefatura da zona atlântica que começou a sua acçom fazendo seus os problemas da naçom irmã europeia: Lusitánia. Um ano e meio de trabalhos e viagens baixo o lema 'polo galeguismo cara o universal' conseguiu levar adiante um boletim (“Atlântica”) e uns estreitos contactos cos camaradas de Lusitánia. O celtismo e as nossas relaçons com Irlanda fortaleceram-se, fixe-mos-nos sócios (a nível individual) da Celtic League (hoje já formada na Galiza) e levamos o debate da admissom da Galiza como país céltico de pleno direito no Congresso da Celtic League em Edimburgo em Outubro do 86. Podemos dizer que a Liga Céltica na Galiza formou-se ao calor do verdadeiro NS, assi como a Associaçom Juvenil Wagneriana, de impronta galeguista. Para as esquerdas éramos umha moléstia evidente.

Començárom pronto os problemas. Vários artigos galeguistas eram rejeitados pola Central com a escusa de que denunciava-mos problemas com Madrid, ou porque eram temas localistas (mentres 'nom o eram' temas do Tirol ou Alemanha!). Nom se nos compreendia, nom havia espírito NS, etnicista no grupo. O galeguismo fazia-nos estabelecer contactos com associaçons galeguistas que tinham certo cheirinho a esquerdas, si! mais que eram realmente galeguistas. Isso era mal visto polos chamados "NS" Espanhois.

O Partido NS Galego (o da bandeira galega com swastica) foi um bluff, ao igual que o foi o PNS catalám (PN: como já denunciou Mundo NS no seu número dedicado ao catalanismo, um bluff clássico dos nazifachas que gostam de mentir-se e mentir, de aparentar sem base, de ser máscaras de ocos imensos. Nota de Mundo NS). Estava claro que nom se entendia o da Europa das Etnias.

Neste ano do Centenário de Castelao rendo honra ao galeguismo que sabe superar os dogmas da “política” do sistema:

“Galiza conta com todos os requisitos e atributos histórico-naturais que caracterizam às verdadeiras nacionalidades; mais falta-lhe algo mui importante para ser perfeita: falta-lhe a sua independência política, o governo próprio”.


¿Que Galiza nom é umha naçom por nom ser um Estado independente e soberano?. Se tal defeito nos fosse imputado por espanhóis nós sentiria-mo-nos incitados ao separatismo: mais em realidade só aspiramos a umha autonomia integral, dentro de umha livre federaçom de todos os povos peninsulares. Galiza nom necessita mais, pero nom pode conformar-se com menos”.

Castelao



Por Xose Carlos Rios

  • Notas:

1- Foi deputado electo à República polo partido Galeguista nas Cortes Espanholas; cousa que hoje em dia nom tem, Galiza nom está representada em Madrid por um partido nacionalista. É dizer, em 1936 o galeguismo estava em auge e chegou a ter deputados do PG nas eleiçons de 1931 (Otero Pedrayo, Castelao, Vilar Ponte e Suárez Picalho)

2- O que si pode passar à História da Galiza é a sua despreocupaçom absoluta, o seu rejeitamento silencioso, cara o sistema democrático, aos seus chamamentos à 'colaboraçom na estabilizaçom do sistema-regime', é dezer, a sua abstençom em todos os comícios generais, autonômicos, municipais ou referendos, o povo galego pode ter a honra de ser o mais 'depreciativo' cara o sistema, de entre todos os povos do estado espanhol.

A consciência agraria segue impregnando Galiza (50% de mao de obra no campo). A abstençom chegou a quotas do 80-70% do censo eleitoral, e a sua meia é do 60-50%.

3- É sabido que os grupos NS, reconheçamo-lo, só se preocupam do que passa na sua central, nos seus congressos ou 'presidentes'. Os seus organogramas som sempre os mesmos, centralismo, para a desgraça da defesa da Europa das Etnias.

4- Sempre direi que se o franquismo nom se induzisse fronte ao nacionalismo galego, hoje o marxismo aqui seria espanholista. A confusom direita-fascismo, tam peculiar no estado espanhol, foi nefasta para o etnicismo e o verdadeiro NS.

5- Em 1935 o partido galeguista divide-se em Republicanos (Castelao ira-se por este lado) e Direita Galeguista (com Otero Pedrayo e V. Risco á cabeza). Era a fim do galeguismo histórico. Começava o galeguismo do futuro: abolir prejuízos ideológicos baseados em políticas baratas. A guerra civil empiorou-no todo.


Fonte*

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